A audição é ameaçada constantemente pela poluição sonora. O barulho do trânsito, o som alto das festas e de aparelhos como o MP3 player prejudicam muito a saúde auditiva e podem causar danos irreversíveis.
1) Os traumas auditivos ou perdas auditivas induzidas por níveis de pressão sonora elevados eram considerados doenças ocupacionais, já que costumavam surgir por conta de empregos que envolviam altos ruídos sem o uso de equipamento de proteção adequado pelo trabalhador.
O que se vê hoje em dia é que o problema também é causado pelo barulho causado pelo trânsito e por diversas atividades de lazer, como ouvir música alta e utilizar fones de ouvido, e ainda frequentar discotecas;
2) Os principais fatores envolvidos com a perda auditiva são exposição a ruídos e predisposição individual, sendo que se sabe que pessoas brancas são mais suscetíveis que as negras, principalmente as com olhos azuis;
3) Quem fala alto deve ser submetido a uma audiometria, embora, na maioria dos casos, é apenas um costume individual ou familiar, como deixar o som alto do rádio ou TV;
4) A perda auditiva pode permanecer e tende a ser maior quanto mais tempo a pessoa é exposta a ruídos.
Costuma ser neurossensorial, ou seja, acomete o nervo auditivo, é irreversível e pode ser de leve a moderada, com perda de até 40% da audição;
5) A prevenção começa a partir do conhecimento de que a perda auditiva está relacionada com o volume do barulho e o tempo de exposição.
Então, se a pessoa está em uma discoteca, onde o volume da música e dos ruídos pode chegar a 100dB (decibéis), especialmente próximo às caixas de som, deve ir a uma área externa ou mais calma por cerca de 15 minutos com o intuito de que o sistema auditivo se repare.
Isso vale também para o trânsito, que pode chegar até 105dB. Quem trabalha próximo a pontos de ônibus ou ruas movimentadas, por exemplo, deve fazer uso de abafadores de ouvido.
Aqueles que estão só de passagem podem ficar nesse ambiente por, no máximo, uma hora;
6) Perto de 5% das perdas auditivas são creditadas ao uso de MP3 ou outros aparelhos eletrônicos. A orientação é de que o volume do fone de ouvido seja ajustado em um ambiente silencioso.
Quando a pessoa vai à rua ou a algum lugar com ruído externo, o volume não deve ser aumentado. A mesma dica vale para quando se escuta música dentro do carro.
Se o som do fone de ouvido é percebido por alguém a mais de um metro de distância, é sinal de que está muito alto. Opte sempre pelos aparelhos mais modernos que possuem limitador de volume e, mesmo assim, acerte o volume para 60% do limite, no máximo;
7) Os limites de tolerância para ruído ou barulho variam de acordo com a intensidade (volume) e o tempo de exposição. Começa a ser lesivo a partir de 85dB.
Pode-se ficar até oito horas a 85dB, quatro horas a 90dB, uma hora a 100dB, 15 minutos a 110dB e sete minutos a 115dB;
8) O diagnóstico de perda auditiva é realizado por meio de consulta médica (com exame físico específico dos ouvidos) e exame audiométrico;
9) Se o paciente tem um trauma auditivo agudo, pode-se apostar em algumas medicações para reverter o quadro. Caso seja crônico, é irreversível.