Todos os anos, assim que as chuvas desaparecem e a temperatura começa a baixar, os brasilienses sofrem para enfrentar os efeitos da seca e do frio sobre nosso organismo. Nesta época, são extremamente comuns sintomas como irritação em garganta, olhos e nariz, além de tosse.
Como se não bastasse, pessoas que já apresentam alguma doença específica das vias aéreas (como asma e rinite alérgica) são ainda mais prejudicadas. Não é à toa que a frequência de pacientes com problemas respiratórios nos pronto-socorros do país cresce em média 40% nos meses de inverno. Isto ocorre porque nestes dias de frio e baixa umidade, as vias aéreas tornam-se mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças respiratórias.
Entre as diversas tentativas de tornar o ambiente menos prejudicial, muitas pessoas recorrem a medidas já bem conhecidas entre os brasilienses: espalhar bacias com água pela casa, utilizar umidificadores de ar ou estender toalhas molhadas. No entanto, uma dúvida frequente apresentada pelos pacientes em nossos consultórios é sobre qual destas alternativas seria a mais eficaz.
Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) revelou que o umidificador de ar foi o único capaz de elevar a umidade de um ambiente de forma significativa. Em segundo lugar ficou a toalha umedecida. O pior desempenho é o da bacia com água, provavelmente em função do menor tamanho da superfície de contato da água com o ar do ambiente.
Vale ressaltar que certas recomendações para melhorar a reação do organismo a estas condições de baixa umidade também são muito importantes. Dentre elas, destacam-se: aumento da ingestão de líquidos, lavagem nasal com soro fisiológico várias vezes ao dia, uso de colírios lubrificantes para os olhos, além de se evitar a exposição a certos fatores agravantes como poeira, fumaça e ar condicionado.
Conclui-se que com medidas simples, é possível nos prevenir de desconforto respiratório e doenças das vias aéreas durante os meses de frio e seca. Se mesmo assim algum problema de saúde surgir, não hesite em consultar o seu médico!