Estapedotomia é uma microcirurgia do ouvido que visa substituir um dos ossículos do ouvido (estribo) por uma prótese.
Quando está indicada a cirurgia?
A cirurgia é indicada nos casos de otoesclerose ou otoespongiose, doenças genéticas que levam a perda auditiva progressiva. Nesse caso um dos pequenos ossos do ouvido, o estribo, fixa-se na cóclea, não mais permitindo a passagem do som. A cirurgia tem como objetivo melhora da audição.
Como é realizada a cirurgia?
Utilizando um microscópio, é substituído o ossículo doente por uma prótese (de cerca de mm) que irá conectar a cóclea até a bigorna.
Quais são as possíveis complicações?
- Tontura – É comum nos primeiros dias de pós-operatório, raramente prolongando-se por mais de uma semana.
- Distúrbios do paladar e boca seca – Não é raro ocorrer, por semanas após a cirurgia. Em alguns casos este distúrbio poderá ser ainda mais prolongado pelo manuseio ou secção de um nervo do tímpano.
- Zumbidos – O comum é diminuir ou desaparecer após a cirurgia. Em raros casos poderá piorar ou até surgir em casos que não apresentavam este sintoma.
- Perfuração do tímpano – Poderá ocorrer em alguns casos devido a infecção ou trauma. Geralmente fecha-se sozinha, mas pode exigir cirurgia para correção, chamada timpanoplastia.
- Paralisia facial – É uma complicação rara e temporária. Poderá ocorrer como resultado de uma anormalidade ou inchaço do nervo facial. A paralisia definitiva nesta cirurgia é muito rara.
Quais são os cuidados no pós-operatório?
Após a alta hospitalar, o médico prescreverá medicamentos os quais deverão ser tomados rigorosamente durante os horários prescritos para que a cirurgia tenha sucesso.
É colocado dentro do ouvido operado um pequeno tampão, o qual é retirado pelo médico após 5 dias da cirurgia. Após a retirada do tampão, é iniciado a aplicação de antibióticos otológicos (em gotas). É importante não deixar molhar o ouvido e evitar fazer esforços que levem a um aumento de pressão no ouvido (ex. carregar peso, fazer abdominais, etc).