Dicas para conservar a voz
A água é o principal agente beneficiador, pois hidrata todo o corpo, fazendo que as pregas vocais tenham mais flexibilidade, facilitando a vibração. Deve ser ingerida em pequenos goles durante todo o dia e não somente em alguns períodos. O corpo deve ser hidratado frequentemente; caso contrário, não há eficácia.
Deve-se evitar a ingestão de alguns alimentos antes de uma atividade vocal intensa, como chocolate e derivados de leite, que engrossam a secreção, dificultando a vibração das pregas vocais; os sucos cítricos e o café ressecam o trato vocal, principalmente para quem tem refluxo gastroesofágico; e os alimentos pesados (condimentados, de difícil digestão) dificultam a respiração trazendo consequências à fala.
As bebidas gasosas devem ser evitadas também pelo fato de os gases dificultarem a livre movimentação do diafragma durante a respiração. Vale lembrar que os efeitos desses alimentos podem variar de organismo para organismo, não sendo regra para todas as pessoas.
A ingestão de bebidas geladas traz mais consequências do que a de quentes, pois o nosso corpo tem uma temperatura de 37º C, em média. Se ingerirmos algo em torno dessa temperatura, não haverá nenhum problema quanto ao choque térmico. Ao contrário, uma bebida em torno de 0º C ingerida de uma hora para outra poderá causar um choque térmico. Portanto, para evitá-lo, antes de ingerir uma bebida muito gelada, segure-a na boca por uns 3 segundos antes de engolir, para que o corpo se acostume com a temperatura que será ingerida, evitando o “susto”!
O ar condicionado pode interferir na voz, pois resseca o ambiente, deixando o ar mais seco e frio, contribuindo para o ressecamento do trato vocal e ocorrência de alergias. Dessa forma, ao entrar em algum lugar com ar condicionado, procure respirar pelo nariz e manter a boca fechada até que o corpo se acostume ao ambiente com a nova temperatura. E, é claro, esteja sempre com água por perto para aumentar a hidratação.
A fumaça (fumo e poluição) também agride o sistema respiratório e as pregas vocais, causando irritação, pigarro, edema (inchaço), tosse e aumento das secreções e infecções. O álcool também irrita o aparelho fonador; por ter ação anestésica, contribui para que o interlocutor realize abusos vocais sem sentir seus efeitos. O mesmo acontece com o uso de pastilhas e sprays, os quais no momento da ingestão proporcionam um alívio imediato, pois também possuem efeito anestésico, mas, depois que esse efeito passa, trazem consequências drásticas para a voz.