As sinusites são alterações inflamatórias que envolvem a mucosa dos seios da face. Atualmente, utilizamos o termo rinossinusite por acharmos mais correto, devido à maioria das inflamações dos seios da face iniciar-se na cavidade nasal. As rinossinusite são as patologias mais frequentes das vias aéreas superiores.
Com frequência, vemos os pais desesperarem-se devido a grande frequência que seus filhos se resfriam. É importante que se fale que devido à imaturidade imunológica, principalmente nos dois primeiros anos de vida, as crianças apresentam em torno de 6 a 10 infecções virais de vias aéreas superiores ao ano. Este quadro tende a melhorar somente após os 8 anos de idade. Destas infecções virais, cerca de 0,5 a 10 % evoluem para rinossinusite bacteriana aguda, portanto mesmo uma criança saudável deve apresentar entre uma a duas rinossinusites bacterianas ao ano.
Quando a infecção viral não melhora em dez dias ou piora após 5 dias nos alerta uma evolução para rinossinusite bacteriana. Os sintomas mais característicos na infância são a secreção nasal amarelo-esverdeada, tosse seca ou com catarro que piora à noite e nariz entupido com respiração pela boca.
Os exames não nos ajudam muito e devem ser correlacionados com a história e com o exame físico. O raio X de seios da face hoje em dia é absolutamente dispensável para o diagnóstico de rinossinusite. O melhor exame é a endoscopia nasal que já pode ser realizada em crianças bem pequenas dependendo do aparelho. A tomografia computadorizada só é utilizada nos casos nos quais não há resposta ao tratamento, naqueles quando há recorrência da doença ou em complicações.
O tratamento da rinossinusite na infância é feito com o uso de uma gama variada de antibióticos. A prescrição de antibióticos visa primordialmente diminuir o tempo de doença e evitar as complicações.
Alguns fatores predispõem a recorrência das rinossinusites como o aumento e infecção das adenoides, alergias respiratórias, a frequência de creches e berçários, o refluxo gastroesofágico, o tabagismo passivo, imunodeficiências , dentre outros específicos que devem ser bem avaliados pelo médico otorrinolaringologista.
Fonte: https://drmarcioniemeyer.com.br